CULTURA...
Talvez venha de maneira abrupta, talvez venha de maneira lenta e melancólica, mas de certo que venha, venha aos poucos ou venha de uma só vez, mas venha!
A cultura, “já dizia, não me lembro quem” é nada menos que a relação do homem com o seu meio, seja a natureza virgem ou uma metrópole qualquer; é fruto da existência humana, de sua interação, cooperação, sua assimilação e de sua idealização em relação ao seu meio, seja esse natural (de fato) ou mesmo artificial.
A cultura nasce da interação, não só do homem com a natureza (ou seu meio), mas também do homem com seu semelhante, ou com as ideologias (religiosas ou políticas); cultura é fruto, primordialmente da capacidade humana de conceber, intervir, coexistir e captar o universo ao seu redor (capacidade cognitiva, capacidade de abstrair).
“Ser humano” é, por conseguinte “ser cultura”, rica ou pobre, que dá sentido, que vence obstáculos e supri necessidades básicas (trabalho) ou que agradece aos deuses, ou a Deus pelas necessidades supridas (fé); cultura é vida que sobrepõe outras, cultura é vida que mesmo sobrepujada por outras, sobrevive, resiste e se mantém; cultura é fruto de síntese, de sínteses de culturas, umas que sobrepujam, outras que mesmo sobrepujadas vivem, se mesclando, se completando, se confrontando e se debatendo encontram maneiras de ser, de significar.
Cultura é a maravilha da vida humana, da diversidade, das inúmeras maneiras que o ser homem encontrou para existir, para viver e transformar o seu meio e conseqüentemente ele mesmo; cultura é o sentido humano de ser, de se metamorfosear e ser outra coisa, por oras ser coisas horrendas e abomináveis, por outras oras, ser amistoso e ingênuo.
Cultura não é mito, não é folclore nem simples exotismo, toda cultura representa, significa e dá sentido ao mundo daqueles que a conceberam e a praticam.
Cultura é o ato indelével de ser homem, em sua múltipla e singular forma de ser.
Izaac Erder Silva Soares – 2º período de história – FUNEDI – UEMG 2009

fotografias de Pierre Verger
Deixo aqui a dica para os amantes do cinema, do documetário "Pierre Fatumbi Verger: mensageiro entre dois mundos", com narração e apresentação de Gilberto Gil, trilha de Naná Vasconcelos, e direção de Luiz Buarque de Holanda.
Vai aí, de presente, um trecho inicial do doc. em altíssima qualidade, só pra instigá-los a conhecê-lo na íntegra (tal documentário encontra-se disponível para locação nas lojas da Delta Vídeo, inclusive na localizada junto à FUNEDI/UEMG).
Prof. Guilherme Leonel
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