domingo, 7 de novembro de 2010

Historiadores: Os Profissionais que podemos ser - Por Bruno Flávio Lontra Fagundes

A iniciativa da ANPUH de mobilizar seus filiados para acompanharem o projeto de lei sobre a profissionalização de “historiador”, apoiando-o, é ótima. Surgir no Brasil oficialmente a figura do “historiador” poderá, talvez, ajudar as pessoas a aceitarem que o historiador é o melhor para ser contratado e/ou concursado para fazer algumas atividades que outros profissionais exercem.

Em 2007, na ANPUH de São Leopoldo, houve uma mesa sobre "espaços de atuação do historiador". O historiador editor da Revista de História da Biblioteca Nacional esteve na mesa, falou pela revista – uma iniciativa exitosa e criteriosa, que vende em banca de jornal para um leitor formado e não-especialista. É um campo de atuação, o qual exige que jornalistas e historiadores troquem seus conhecimentos. Por que não? Onde estudei, na UFMG, há uma rádio educativa, cuja produção é sedenta de divulgação de conhecimento, estima a colaboração de historiadores e de outros “cientistas”. Alunos e professores dos cursos de Educação, Geografia, Educação Física, Filosofia, Letras, Direito todos têm iniciativas lá. Já os historiadores, por iniciativa própria, praticamente não aparecem! Por quê?

Claro que para rádio, televisão, revistas de grande circulação, cinema etc., teríamos de ter alguma formação mínima nessas mídias, da mesma forma que temos uma robusta formação para a mídia “livro” para sermos escritores de livros. Olhemos para o lado: há muita universidade onde há uma rádio e uma televisão de caráter educativo-cultural! Não podemos integrá-las a nosso fazer? Não é o caso de pensar com mais dedicação em difundir o conhecimento histórico como maneira de formar também, ou ajudar a oferecer sentido para pessoas não-especialistas que querem nos ouvir/ler?

Há uma enorme dependência da História quanto ao livro. Isso é lugar comum dizer. Tudo bem que a História se concebe a partir da verificação de autenticidade e valor de documentação e sua produção se faz a partir de dispositivos de organização e de crítica de documentos que são textos. Creio que podemos ajudar a melhorar a consciência pública – se não acreditasse nisso seria difícil viver. Não é isso que fazemos dia a dia com nossos alunos? Mas será mesmo que o que “nos constitui”, nossa “única verdade” é escrever livros e fazer conferências para nós mesmos? Isso é importante para o intercâmbio de idéias, para o dispositivo de funcionamento do campo científico, sem dúvida!

O conhecimento requer o livro, mas não é pouco achar que só aprendemos e/ou ensinamos por ele? Serge Gruzinski esteve em 2008 na UFMG fazendo palestras. A certa altura, ele falava do embaraço de historiadores franceses prestando consultorias para exposições, e levantava um livro, repetindo: "a gente só sabe escrever livros...". Se atuarmos em outras atividades isso vai nos fazer necessariamente menos criteriosos e com menos qualidades?!
Nossos cursos não poderiam incorporar uma ou outra disciplina de Artes Visuais, Cinema, Comunicação etc., como matérias eletivas e/ou optativas? Por que não? Não poderíamos ter pequenos “núcleos de formação” dentro das grades de nossos cursos que envolvessem disciplinas que nos ensinassem o que é “fazer roteiro”, “editar imagens e sons”, “montar um filme”, “escrever e editar jornal e revista” etc.? Não seria possível que os cursos de História incorporassem como trabalho final o video-documentário, o filme, o programa de rádio, um plano de proteção de patrimônio com fotografias, um roteiro de peça de teatro, um artigo de revista? O aluno teria de ler e escrever para chegar a esses “produtos”, mas escrever para ler não seria um fim em si mesmo.

Não falo isso tudo para derruir o que já existe consolidado em nossos cursos de excelência acadêmica. De jeito nenhum! Há anseios para mudanças, mas esbarramos sempre nas "tradições da história". Se for para profissionalizar e ficar no ler, discutir e avaliar por escrito, francamente, não sei se andaremos muito! Ficaremos onde estamos, o que é conquistado dia a dia a custa de muito esforço: mas os cursos só saberão formar alunos para serem professores outra vez!

E olha que nem estou falando de serem professores de escolas fundamental e média, o que é uma outra longa conversa. A formação sólida tem de continuar existindo: podemos nos propor a atuar em outros espaços porque somos consistentes. Tenho orgulho de sair de um curso de História com nível de excelência. Há muito já incorporamos o cinema, a fotografia, o rádio, a revista etc., como objetos de análise. Não será hora de adotá-los como instrumentos de nossas práticas, abrindo a possibilidade de historiadores poderem fazer filmes, rádio, revistas – ou colaborarem aí, quando convocados? Pois então: façamos!!!!

Tenho profunda impressão de que esse mínimo deslocamento faria muito bem a nós, revalorizando-nos, e, quem sabe?, melhorando nossa estima e reconhecimento social. Não podemos atuar em espaços de difusão de conhecimento que há muito tempo são de nossa vida, como rádio, televisão, jornais, revistas, cinema, internet etc? Há riscos aí? Claro, mas onde não há riscos?

Com a profissionalização de “historiador”, passaremos a constar, talvez, nos editais de concursos públicos de modo geral, e pode ser que isso ajude a que as pessoas se aproximem da História como algo que faz sentido. O fato de sermos inexistentes, quando não inúteis, para a grande maioria das pessoas, não acredito que agrade a maioria de nós. Não seria interessante partir para uma ofensiva de ocupar espaços onde podemos atuar, relativizando premissas de há muito assentadas que fundaram um dia nossa disciplina?

O movimento pela profissionalização é um bom momento para pormos questões sobre nossa formação. Há resistências da parte de colegas tentando garantir lugares e reforçando paradigmas? Claro, e isso é legítimo. Mas problema não é só esse. Se nos ausentamos dos espaços em que poderíamos estar atuando, e reclamando de que outros profissionais os ocupam, ficamos ressentidos. Acho natural que haja resistências, porque há muita caricatura, perfumaria de história por aí. Mas isso tudo merece existir: o que importa é que outros profissionais mostrem que é possível fazer diferente!!!

É difícil ouvir das pessoas que os historiadores amam coisas velhas e que nosso lugar é o museu. Se isso tem um fundo de estupidez, não há também um pouco de verdade? Todo o movimento de profissionalização poderá restar inócuo se não houver alguma abertura de nossos cursos para componentes da formação do historiador mais afeitos a capacitá-lo a fim de atuar em outros lugares que podem ser “nossos” também. Além do trabalho a ser feito junto a senadores e deputados pela aprovação do projeto de lei, creio deva haver um trabalho interno à comunidade historiadora, num momento em que assumimos que é preciso discutir sempre a história da História.

É dura a herança de que do historiador pode-se esperar verdades, como se só os historiadores pudessem assim o fazer. Não carregamos um fardo aí? Talvez esse fardo fosse uma vantagem no século XIX, mas hoje, no XXI, acho que só vai deixando a História para trás, ensimesmada. Francamente, não sei se essa é nossa vocação. Se formos mais versados, e versáteis, em outras “artes” e modos de dizer a história, não sei, sinceramente, se deixaríamos de ser os profissionais que somos, com uma formação específica de qualidade, assentada em teorias, conceitos e metodologias que nos são próprios, profissionais de quem muita gente gostaria de saber o que têm a dizer e/ou falar sobre muitas coisas.

Fonte: www.anpuh.org

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

6º Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da Funedi

CIDADES: A VIDA URBANA ENTRE 1910 E 2010
LOCAL E DATA:
Campus da FUNEDI/UEMG Divinópolis
24 a 26 de novembro de 2010
DAS INSCRIÇÕES:
– Período de inscrição e encaminhamento dos resumos: de 1º a 26 de outubro de 2010 pelo site
www.funedi.edu.br
– Período de inscrição para ouvintes: de 1º a 23 de novembro de 2010 pelo site
www.funedi.edu.br

INFORMAÇÕES:
Telefones: (37) 3229-3500 (CENTRO DE PESQUISA)

12º Seminário de Iniciação Científica e Extensão da UEMG

A Universidade na sociedade contemporânea: o papel da pesquisa como inovação de saberes.

Será realizado na Unidade de Frutal da UEMG, nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2010. As inscrições já estão abertas.
Informações: http://201.16.255.85/PortalEventos/login.faces

Boletins Informativos do Curso de História













domingo, 10 de outubro de 2010

Salve Maria!



O Museu Histórico de Divinópolis apresenta “Salve Maria!”. A exposição sobre as festas de Nossa Senhora do Rosário foi aberta no dia 29 de setembro e continuara pelo mês de outubro. A exposição reúne diversos objetos da festa, vestimentas, instrumentos musicais, imagens dos Santos de devoção e outros objetos.

Maiores informações pelo telefone (37) 32297629

sábado, 25 de setembro de 2010

Seminário História nas Ciências Sociais do Centro-Oeste Mineiro e Semana Acadêmica do Curso de História da FUNEDI/UEMG

ENTRE A DIACRONIA E A SINCRONIA: DIALÓGOS ENTRE A HISTÓRIA E AS CIÊNCIAS SOCIAIS

Estamos divulgando o planejamento de cada um dos grupos do trabalho interdisciplinar:
Att. Prof. João Ricardo



Grupo: Amilton, Valter, Alexandre, Leandro, Priscila, Luciana e Flávia (4º período)

Tema: Instrumentos musicais do Samba
Recorte:
- 2 categorias (objetos) para cada dupla;
- 6 tipos diferentes de instrumentos musicais utilizados no samba;
- Ressaltar o uso desses intrumentos em diferentes momentos e épocas do samba.
Duplas/ Categorias:
- violão e bateria: a ser escolhida
- Flauta e pandeiro: a ser escolhida
- Cavaco e bongo: a ser escolhida.
Proposta:
A) A materialidade descritiva (de que, como e porque é feito) e prática (como é utilizado e para que) sobre o referido objeto:
→Nome:
→Datação: (idade do Objeto)
→Dimensões: (tamanho, peso e medidas)
→Materialidade: (com o que é feito)
→Técnica de Confecção/Manufatura: (como é feito)
→Utilidade e Função: (como e pra que é utilizado)
B) A relação da cultura material com a economia a qual o referido objeto pertence:
→Visão geral sobre a relação: (Material X Economia)
→Importância e desencadeamentos econômicos:
C) A relação da cultura material com as relações simbólicas da cultura a qual o referido objeto pertence:
→Aspectos de religiosidade (ou misticismo) envolta do objeto:
→Valor atribuído a tal objeto: (pela sua própria cultura); (status)
→Relação Objeto e Cultura: (como a cultura se relaciona com o referido objeto)

Grupo: 2º- Patrícia, Welber, Tatiane, Sthefanie; 4º- Cleonice, Adriana, Amanda, Rafael


Tema: Reprodução da Imagem do Homem – Fotografia

Representante: Welber
Material e espaço a ser utilizado:
- Sala (umas das primeiras se possível perto da porta)
- Data show
- TV e DVD
- Quadros, banners, catálogos, fotos
- O objeto estudado – Máquinas fotográficas
Recorte:
- 3 categorias
- Ressaltar o uso na antiguidade até a contemporaneidade.
Participantes/Categorias:
- Antes da fotografia: Tatiane;
- Surgimento da fotografia:
Patrícia – Fotografia no Império
Sthefanie – Vida privada
- Evolução da fotografia em tópicos:
Esportes - Rafael
Casamento - Cleonice
Eventos Religiosos - Adriana
Eventos Sociais - Amanda
Jornalismo - Welber
Proposta:
A) A materialidade descritiva (de que, como e porque é feito) e prática (como é utilizado e para que) sobre o referido objeto:
→Datação: (idade do Objeto)
→Dimensões: (tamanho, peso e medidas)
→Materialidade: (com o que é feito)
→Técnica de Confecção/Manufatura: (como é feito)
→Utilidade e Função: (como e pra que é utilizado)
B) A relação da cultura material com a economia a qual o referido objeto pertence:
→Visão geral sobre a relação: (Material X Economia)
→Importância e desencadeamentos econômicos:
C) A relação da cultura material com as relações simbólicas da cultura a qual o referido objeto pertence:
→Aspectos de religiosidade (ou misticismo) envolta do objeto:
→Valor atribuído a tal objeto: (pela sua própria cultura); (status)
→Relação Objeto e Cultura: (como a cultura se relaciona com o referido objeto)

Grupo: Karin, Flávia, Katrine, Lucas, Wesley e Jonas ( tds os garotos do 2º período)

Tema: Utensílios domésticos: Instrumentos da Cozinha Colonial e Contemporânea

Recorte:
- Pesquisar os tipos de cada item/ categorias (não temos ainda noção de quantidade de tipos)
- Ressaltar o uso no período colonial e contemporâneo.
Categorias:
PANELAS
TALHERES (COLHER, FACAS, ETC).
FORNOS
PILÃO OU INSTRUMENTOS COM A MSM FINALIDADE
Proposta:
A) A materialidade descritiva (de que, como e porque é feito) e prática (como é utilizado e para que) sobre os referidos objetos:
→Nome:
→Datação: (idade do Objeto)
→Materialidade: (com o que é feito)
→Técnica de Confecção/Manufatura: (como é feito)
→Utilidade e Função: (como e pra que é utilizado)
B) A relação da cultura material com a economia a qual o referido objeto pertence:
→Visão geral sobre a relação: (Material X Economia)
→Importância e desencadeamentos econômicos
C) A relação da cultura material com as relações simbólicas da cultura a qual o referido objeto pertence:
→Aspectos do uso cotidiano de tais objetos nas cozinhas coloniais brasileiras e atualmente
→Valor e signos atribuído a tal objeto: (pela sua própria cultura); (status)
→Relação Objeto e Cultura: (como a cultura se relaciona com o referido objeto)

Cultura material e o legado deixado nos inventários da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitanguy- Século XVIII (Grupo: Cristina, Daniela, Daniel, Maycol, Patrícia, Pedro e Wanessa)


Objetivo: Apresentar a cultura dos moradores da dita vila e adjacências, através dos materiais deixados em herança retratado pelos inventários. Contrastando com os bens deixados hoje na região centro-oeste.
Recorte: Séculos XVIII e Século XXI.
Pensar o que deixaram e porque deixaram.
Espaço temporal: Minas Gerais, Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitanguy .
Integrantes/atividades previstas:
Cristina: Inventários sec. XVIII
Daniela: Pesquisa bibliográfica
Daniel: Transcrição
Maycol: Inventário atual
Patrícia: Transcrição
Pedro: Pesquisa bibliográfica
Wanessa: Produção das maquetes
Proposta:
Descrição material dos objetos deixados
b) Comparação dos inventários.
Apresentação: para exposição, que poderá ser na sala de aula ou no saguão, precisaremos de um aparelho data-show.

Grupo: Ana Luzia, Denise, Izaac, Jonatas, Lílian, Marcos, Michele, Raquel.


Tema: Armas de guerra
Recorte:
- 4 categorias (objeto) para cada dupla;
- 5 tipos diferentes dentro de cada categoria escolhida;
- Ressaltar o uso na antiguidade até a contemporaneidade.
Duplas/ Categorias:
- NAVIO: Izaac e Ana;
- ESPADA: Denise e Raquel;
- FLECHA: Lílian e Jonatas;
- PÓLVORA: Michele e Marcos.
Proposta:
A) A materialidade descritiva (de que, como e porque é feito) e prática (como é utilizado e para que) sobre o referido objeto:
→Nome:
→Datação: (idade do Objeto)
→Dimensões: (tamanho, peso e medidas)
→Materialidade: (com o que é feito)
→Técnica de Confecção/Manufatura: (como é feito)
→Utilidade e Função: (como e pra que é utilizado)
B) A relação da cultura material com a economia a qual o referido objeto pertence:
→Visão geral sobre a relação: (Material X Economia)
→Importância e desencadeamentos econômicos:
C) A relação da cultura material com as relações simbólicas da cultura a qual o referido objeto pertence:
→Aspectos de religiosidade (ou misticismo) envolta do objeto:
→Valor atribuído a tal objeto: (pela sua própria cultura); (status)
→Relação Objeto e Cultura: (como a cultura se relaciona com o referido objeto)

Grupo:

TEMA
A cultura material no surgimento do rock and roll e na atualidade.

JUSTIFICATIVA
A música é um fator muito importante na formação de opiniões. Ela mostra o reflexo de uma cultura ou a expressão dela. Também influencia diretamente no comportamento de quem ouve. Esse é o caso do rock and roll, estilo que influenciou estilos de vida, moda, atitudes e linguagem.
Os efeitos sociais do rock and roll foram massivos mundialmente, além disso, o rock and roll pode ter ajudado a causa do movimento dos direitos civis. Por isso considera-se importante conhecer melhor este estilo e entender porque atualmente ele perdeu suas características primordiais que o originaram.

PROBLEMA
A indústria cultural e o sistema capitalista fizeram do rock um grande negocio. Mas o seu surgimento e o das suas vertentes como o punk rock, veio justamente como uma forma de protesto contra esse mesmo sistema. Como era esse contexto cultural que deu origem ao estilo musical mais popular? Até onde a música e seus objetos materiais interferem no comportamento de seus adeptos? Como os diversos movimentos históricos e culturais influenciaram o surgimento do rock?

OBJETIVO
Mostrar o surgimento e o significado deste estilo musical denominado rock and roll, suas influencias na década de 50 e no contemporâneo. Seus principais percussores, passando pela história dos instrumentos que formam o estilo e das suas ramificações. Abordar a cultura material e a imaterial como: Vinis, roupas, instrumentos musicais, fotos, acessórios.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ex-Aluno Célio Taylor

O nosso ex-aluno Célio Taylor, árbitro há bastante tempo, profundo "amador" de futebol, está enveredando pelas crônicas de esporte agora. Acompanhem quem gosta de esportes. Desejo todo sucesso ao agora colega de profissão.
Coluna no caderno de esportes do Jornal Gazeta do Oeste ou disponível na Internet atraves do portal G37 em http://www.gazetaoeste.com.br/

Prof. João Ricardo.


 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Notícias da Descoberta de Sepultamento indígena (vídeo)



Vejam a notícia da descoberta dos sepultamentos indígenas em Pains pela equipe do Museu Arqueológico Carste do Alto São Francisco (MAC) comandada pelo nosso amigo Gilmar Henriques com a participação da Amanda do quarto período. Coordenação de História

links para matérias sobre a primeira escavação do MAC, Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, sediado na cidade de Pains - MG.



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

IX Encontro Cultural Franciscano


Numa promoção da Biblioteca Provincial dos Franciscanos, e convite especial do Professor (Frei) Leonardo Lucas, estará acontecendo nos dias 12, 13, 14, 15 e 16 do presente mês (setembro), o 9º Encontro Cultural Franciscano, onde ocorreram palestras, debates e apresentações artísticas, que sempre somam para nossa a formação acadêmica. Segue os panfletos do evento, onde encontram-se maiores informações sobre o mesmo.


Aluna do Curso participa de escavação arqueológica (fóssil humano que pode ter até 8 mil anos)

A pedido do Professor João Ricardo, e com muita satisfação, estamos postando essa notícia. É uma descoberta arqueológica feita na região (especificamente em Pains-MG), coordenada pelo arqueólogo já conhecido por nós alunos do curso de História da FUNEDI/UEMG, Gilmar Henriques, e com participação de nossa colega, também aluna curso de História, do 4º período, Amanda Cristina (inclusive minha colega de classe). Sem mais delongas, a notícia propriamente:

A notícia é do portal Hoje em Dia (segue referências no fim do Post)
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Escavações encontram corpos da pré-história em Pains

Sepultamento indígena em Capoeirão pode ter até 8 mil anos de idade e trabalho dos pesquisadores durou 3 meses

Douglas Fernandes - Da Sucursal do Centro-Oeste de Minas - 7/09/2010 - 09:04

PAINS - Pesquisadores do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), em Pains, no Centro-Oeste de Minas, estão animados com a descoberta de um sepultamento indígena pré-histórico que pode ter de 3 mil a 8 mil anos de idade. No local, além de utensílios como pontas de flechas e vasilhas, foram encontrados também três corpos em perfeito estado de conservação.

A escavação no sítio arqueológico localizado em Capoeirão (a 22 quilômetros de Pains) durou cerca de três meses e termina nesta terça-feira (7). Este foi o primeiro trabalho realizado pela equipe do museu. “Esse tipo de achado arqueológico é muito raro em Minas e geralmente descoberto só em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Agora, as amostras dos materiais encontrados estão sendo enviadas para um laboratório em Miami (EUA), onde será feita a datação exata. Tendo de 2 mil a 3 mil anos, tudo indica que esses corpos encontrados seriam descendentes de povos de línguas macro-ge, antepassados de todos os povos que viveram em Minas Gerais. Mas se a idade for maior, será difícil definir sua origem”, explica o idealizador do projeto e também curador e diretor do MAC, Gilmar Henriques Pinheiro Júnior.

Segundo ele, a região do Carste do Alto São Francisco abarca os municípios de Pains, Arcos, Formiga, Córrego Fundo, Pimenta, Piumhi, Doresópolis e Iguatama e possui mais de 800 cavernas e cerca de 200 sítios arqueológicos espalhados.

As escavações tiveram início em junho deste ano, quando Henriques apresentou um projeto junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para uma pesquisa relacionada com um efeito natural muito comum na região chamado dolina (efeito que funciona como uma ampulheta, quando o terreno do solo é sugado devido a existência de uma caverna no subsolo).

“Com pouco mais de 10 metros quadrados de escavação, encontramos o abrigo rochoso utilizado por esses povos da antiguidade, que dividiram o espaço em dois: um lado para as atividades cotidianas e outro para o sepultamento. Na primeira parte encontramos vasilhas de cerâmica e pontas de flechas feitas de rochas lascadas, o que indica um local relacionado à caça”, detalha o diretor do museu arqueológico.

Mas, de acordo com Henriques, o principal achado foi o sepultamento pré-histórico, que permitirá analisar a história da região não somente por meio de utensílios, mas também através dos povos que ali viveram. “Ainda não é possível determinar com exatidão se essas pessoas ocupavam algum posto social de destaque, mas o trabalho de sepultamento foi realizado com todo cuidado, com os corpos muito bem depositados em posição fetal, cobertos por pedras e logo em seguida, soterrados com areia.
Com a analise de laboratório, será possível definir não somente o sexo e a idade, mas também determinar as possíveis doenças que tiveram em vida e até mesmo as atividades que mais realizaram como caçadas ou trabalhos manuais. E isso porque estão muito bem conservados”, informou.

Região de calcário permite conservação

Henriques explica ainda que as cavernas funcionam como “geladeiras naturais” e por este motivo a região com grande formação calcária, denominada carste, propicia a conservação quase intacta de vestígios da ocupação humana. Alguns materiais encontrados podem ter mais de 10 mil anos. “Esse sepultamento pré-histórico não é o primeiro a ser encontrado, mas é importante pela conservação”, disse.

A equipe que atuou na escavação foi coordenada por Gilmar Henriques, doutorando pela Universidade de São Paulo (USP), e é composta por mais dois arqueólogos também da USP (um doutorando e uma mestre), além de uma acadêmica em história pela Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi) e um auxiliar de pesquisas do MAC.

A proposta, segundo Henriques, é iniciar um intercâmbio entre as universidades e faculdades interessadas nesses estudos. Todo o material encontrado será preparado para compor o acervo do museu, o que deve acontecer em seis meses.

Rico acervo

Inaugurado em abril deste ano, como publicado pelo HOJE EM DIA, o Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), foi criado em parceira com a Prefeitura Municipal, cientistas, Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em seu acervo estão mais de 200 artefatos (alguns com mais de 11 mil anos), frutos de 10 anos de pesquisas e que contam a história milenar da ocupação humana na região.

A proposta de criação do MAC foi aprovada em 2008 pelo edital “Mais Museus”, do Iphan, que contempla cidades com menos de 50 mil habitantes. Somando o subsídio do instituto com a contrapartida da Prefeitura para compra de equipamento e reforma e adequação do casarão centenário, para abrigar o museu, serão investidos cerca de R$ 2 milhões.
O casarão existe em uma reserva ambiental (Parque Natural Municipal), que receberá melhorias, como a criação de um lago e a construção de uma pista de caminhada, posteriormente.



Pesquisadores fizeram escavações durante três meses em Pains - ELAINE MARTINS / DIVULGAÇÃO

Esqueletos estavam em perfeito estado de conservação - ELAINE MARTINS / DIVULGAÇÃO


Fonte: 8/9/10, Portal Hoje em Dia

sábado, 14 de agosto de 2010

3º Seminário História e Memória Centro-Oeste Mineiro



Acontece nos dias 8 a 10 de setembro de 2010 na FUNEDI-UEMG Divinópolis o 3º Seminário História e Memória centro oeste Mineiro, com o tema “O urbano e o rural: identidades, confluências e dilemas”.
No dia 8 acontece a conferencia de abertura “História e Memória das Minas Gerais” com o doutor em História (pela UFF) Francisco Eduardo Pinto, às 20 horas.
No dia 9 aconteceram duas “mesas-redondas” além da apresentação de comunicações dos grupos de trabalho.
No dia 10 serão ministrados alguns “mini-cursos”, além de outras “mesas-redondas”, com enceramento previsto para 21 horas.

As inscrições estão abertas, se enceraram no dia 27 de agosto de 2010, podem ser feitas no CEMEF (Centro de Memória da FUNEDI/UEMG), no bloco 4, aberto de segunda à sexta-feira, das 8 aos 12 horas e das 14 as 18 horas, mais informações pelo telefone (37) 3229-3561 ou pelo e-mail memória@funedi.edu.br

sábado, 7 de agosto de 2010

Aula Inaugural: Espeleologia e Arqueologia



Nessa quarta-feira (04 de agosto 2010) às 19 horas, aconteceu no auditório da FUNEDI/UEMG palestras sobre Espeleologia e Arqueologia do Centro-Oeste Mineiro, direcionada aos alunos dos cursos de História e Ciências Biológicas. As palestras foram ministradas pelos profissionais: Lucélio Nativo da Assunção (do Espeleogrupo Pains - EPA) e pelo o arqueólogo Gilmar Henriques (diretor do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco – MAC).
Lucélio Nativo e Gilmar Henriques
Foto: Edvaldo Alves/MAC e Luanna Oliveira.

Depois da excepcional palestra dos profissionais Lucélio Nativo e Gilmar Henriques, ainda foi anunciado à futura realização de um mini-curso (sobre Espeleologia e Arqueologia), a data e maiores detalhes sobre esse serão informados pelo Professor João Ricardo.
 Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco – MAC
Foto: Edvaldo Alves/MAC e Luanna Oliveira.

Aproveitando a oportunidade, gostaria de deixar o contato do Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco, que está aberto à visitação e abriga um vasto acervo. O Museu está em funcionamento desde abril desse ano, aberto a visitação nos horários das 14 às 18 Horas e está localizado na Rodovia MG-439 nº1000 – Pains MG, na saída de Formiga, para maiores detalhes e informações o telefone é: (37)3323-5112

Informações e imagens colhidas nos sites: 

sábado, 31 de julho de 2010

Fotografia, História e Arte


A exposição: "TIJOLO POR TIJOLO NUM DESENHO MÁGICO: o trabalhador da construção civil no século XXI" é resultado de um trabalho interdisciplinar realizado pelos alunos Amilton Augusto e Valter Bernardo do curso de História da FUNEDI-UEMG, dentro da disciplina História Contemporânea II, juntamente com o aluno Flávio de Castro do curso de Artes Plásticas da UEMG-BH.

Fotografia da Exposição "Tijolo por tijolo num desenho mágico:
o trabalhador da construção civil no século XXI"

O objetivo é retratar sob uma perspectiva diferenciada a vida do trabalhador de construção civil, a partir da música Construção de Chico Buarque. A exposição conta com 14 fotografias 24x30 cm e trechos da música de Chico. Além da amostra na Biblioteca Ataliba Lago, este trabalho aparecerá também, em breve, no Sebo Entre Aspas na cidade de Nova Serrana e na Semana Acadêmica do Curso de História na Funedi-UEMG.



Fotografia da Exposição "Tijolo por tijolo num desenho mágico:
o trabalhador da construção civil no século XXI"



Não deixa de prestigiar e sentir-se "embotado de cimento e lágrimas".


Texto adaptado (do original enviado por Amilton Augusto)