quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Guia Festivo do Centro-Oeste Mineiro - 2° Período/História (GRUPO I)

* Itapecerica, MG: fotos de Marden Mendonça

São Gonçalo do Pará, MG:Semana Santa (dir.) e Leandro Ferreira, MG: Estátua de Padre Libério (dir.)

* clique nas fotos para visualizá-las em tamanho ampliado


RELATÓRIO II

Guia Festivo do Centro-Oeste Mineiro

Grupo: Adriana Faria; Cristina Viana ;Daniel Santos ; Pedro Aleixo;Wanessa Resende

Etapa final! Já estamos entrando no último mês de preparação para entrega do nosso Guia, nosso, pois este é um trabalho não somente dos alunos do curso de História da Funedi, e sim de todos que contribuíram, seja através de informações, fotografias e organização destas festas, mas também de cada participante dos eventos. Sem público não há festa. O sucesso das festas esta em cada integrante deste elemento, seja ele passivo ou ativo.

Festas, mais que um momento de lazer e descontração é um momento de intercâmbio cultural, aprendizado único das relações sociais que proporcionam uma identidade cultural. E é justamente essa identidade que visamos analisar e contemplar com nosso trabalho. Um indivíduo é inserido em uma cultura, quase imperceptivelmente, através destas celebrações, é uma interação que se apresenta de forma natural, divertida.

Destacam-se, seja pela grandiosidade do evento ou pelo envolvimento com a população, intensificando sua importância na região. Cada cidade tem uma programação específica com elementos em comum com sua história e seu processo de emancipatório. Além do envolvimento com a comunidade, pode abranger outros municípios, ou até mesmo ganhar destaque estadual, como é o caso das festividades envolvendo “Padre Libério”, em Leandro Ferreira.


Carmo do Cajuru, MG: Procissão de N. Sra. do Carmo, 1957 (esq.) e Procissão de N. Sra do Carmo em 16/07/2007 (dir.)
*Fotos cedidas pela Prefeitura de Carmo do Cajuru


Programa da Festa em Homenagem a N. Sra. do Carmo, Cajuru (MG), 1952
*digitalização cedida pela Prefeitura de Carmo do Cajuru

Uma festividade que pode ser observada na maioria dos municípios mineiros são as comemorações do dia do padroeiro, com grande participação popular, demonstra a relação da população com o protetor. Essas celebrações não tem regras, cada um tem um motivo para agradecer ao santo à graça alcançada, ou simplesmente por abençoar a cidade, pode exteriorizar nas mais diversas formas, missas, novenas, quermesses, ornamentação, danças, folguedos entre outras manifestações. Ao final da festa todos se sentem com o dever cumprido diante o santo, já pensando nas próximas graças a serem alcançadas.

Em sua grande maioria, as festas tem um cunho religioso, isso devido principalmente ao nosso processo histórico de colonizados, com grande influencia européia na nossa religiosidade cristã. Mas algumas destas comemorações fogem a esta regra, mas sem perder sua importância, como é o caso dos festivais. E falando em festivais, aproveitamos a oportunidade para divulgar uma das festividades que se realizará neste mês de novembro, o “Festival de Dança” tradicional festa de Pompéu, que anima toda a cidade, com a realização de concursos e apresentações.

Estamos nas etapas finais de produção do guia, com todo material coletado, na fase final contamos com ajuda de todas as cidades. Está etapa que iniciaremos agora é uma das mais importantes e difíceis, tratamento e produção do layout, considerando nossa ignorância quanto a estes recursos. Já negociamos com a gráfica e marcamos data para entrega do mesmo, com antecedência, para não sermos pegos de surpresa.

*textos e imagens cedidos pelo grupo

‘Gastronomia nas Festas do Centro Oeste Mineiro’ - 2º Período - História

* doce de leite com queijo artesanal mineiro

Relatório II

Grupo: Amanda, Anderson, Cleonice, Rodrigo, Terezinha.

Estamos a menos de um mês para a conclusão do nosso trabalho sobre Gastronomia nas Festas do Centro Oeste Mineiro, um livro com os pratos típicos mineiros servidos em festas, batizados, casamentos, natal, etc. È grande o nosso orgulho, porque apesar de ainda estarmos no segundo período do curso de História já teremos uma publicação, uma produção nossa e sabemos que isso é muito importante para a nossa profissão de historiador.

Ainda hoje poucos historiadores se dedicam ao estudo dos hábitos alimentares, contudo todos nós sabemos que a comida faz parte da cultura de um povo, e “cada vez mais, o conceito de patrimônio tem se aplicado à cultura. Nesse sentido, o patrimônio histórico de uma sociedade constitui-se de bens matérias e imateriais, abarcando desde edificações de valor artístico e estético, obras de arte, esculturas, demais objetos de uso, costumes, técnicas, tradições e valores”. (1)

Para a UNESCO, patrimônio imaterial é tudo “que os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural” (2), portanto a culinária mineira é parte de nosso Patrimônio Cultural Imaterial, a qual foi passada de geração em geração,ao longo de nossa história, gerando um sentimento de identidade e continuidade.(3)

Em nossas pesquisas e entrevistas nos deparamos com diversos segredinhos, curiosidades e superstições que envolvem nossa culinária e a tradição mineira. Inclusive um mito que envolve a feijoada. Muitos dizem que ela teria surgido da doação das partes menos nobres dos porcos, como as orelhas, rabos e pés, que então eram cedidas aos escravos das senzalas, pelos portugueses. Juntando todos esses ingredientes, cozinhavam tudo ao mesmo tempo com feijão, água, sal e condimentos como pimentas. O resultado foi o surgimento dessa iguaria que, aos poucos, teria deixado a senzala e adentrado as Casas Grandes dos senhores de engenho.

No entanto recentes estudos de pesquisadores alertam que essa alegoria, deve ser questionada. O folclorista e pesquisador da culinária brasileira Câmara Cascudo em seu livro "História da Alimentação no Brasil", lançado em 1964 deu nova versão, esclarecendo que na verdade o prato foi criado pelos europeus que já tinham o costume de misturar alimentos se utilizando do feijão preto

O autor faz também uma analogia entre a feijoada e outras iguarias (misturas) mundiais, como o "bollito" (Itália), o "cassoulet" (França), o cozido (Portugal), o a "paella" (Espanha) e estabelece que a feijoada já exista naquela época.

Assim como a feijoada diversos pratos famosos nas culinárias regionais trazem consigo histórias curiosas, aliando criatividade e costumes de três diferentes culturas, a ameríndia, a africana e a portuguesa, que dão uma especial nuance aos pratos.

Esta e tantas outras curiosidades estarão disponíveis na introdução do livro, inclusive as calorias, que são informações importantíssimas em nossos dias. Estamos na fase mais difícil que é a finalização, porém já negociamos com a gráfica e estamos terminando a produção da arte.

Contamos com a colaboração de várias pessoas, que foram essenciais para um bom desempenho. Queremos desde já agradecer ao professor Guilherme Guimarães Leonel que paciente e tolerante, esteve sempre ao nosso lado, nos encorajando, orientando, preocupado com a interação do grupo e o andamento das etapas. Agradecemos também ao professor Leandro Catão pelas indicações dos textos e pela correção do artigo que virá impresso nas primeiras paginas do livro. Agradecemos também a todos que nos ajudaram fornecendo receitas, curiosidades e segredinhos das iguarias mineiras.

Aproveitamos a oportunidade para indicar o livro, às noivas, às recém-casadas, donas de casa e ao público em geral, principalmente pela aproximação das festas de fim ano, o qual seria uma ótima opção para presente, pois trata se de um livro confeccionado com as melhores receitas típicas mineiras, todas já testadas e experimentadas pelas vovós de diversos sítios e fazendas da redondeza que gentilmente nos cederam seus segredinhos.

1 Leandro Catão Doutor em História pela UFMG, professor da UEMG/FUNEDI.

2 http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=10852&retorno=paginaIphan. Acessado em 03/11/2009.

3 Idem

RECEITA: FRANGO CAIPIRA COM QUIABO

Ingredientes:

. 1 kg de frango em pedaços sem pele
.suco de meio limão
.meio quilo de quiabo
.3 colheres de óleo
.1 cebola média cortada em rodelas
.1 tomate sem pele e sem sementes, picado
.sal à gosto


Modo de Preparo:
Retire a pele do frango, lave e regue com suco de limão. Reserve.
Lave os quiabos e escorra-os bem.Seque-os e corte-os em pedaços com cerca de 2 cm.
Aqueça uma colher(sopa) de óleo e refogue bem os quiabos. Retire-os da panela e reserve.
A seguir, na mesma panela, aqueça o restante do óleo e frite os pedaços de frango por cerca de 15 minutos. Junte a cebola, o tomate e refogue um pouco mais. Adicione uma xícara de água fervente, o sal, continue mexendo. Deixe cozinhar com a panela destampada, por 10 minutos.
Diminua o fogo, acrescentando o quiabo reservando e deixe cozinhar por cerca de mais 5 minutos, sacudindo a panela de vez em quando. Pingue um pouco de água se necessário. Sirva a seguir.

DICA 1: Na hora da compra, escolha quiabos de tamanho pequeno ou médios. DICA 2:Para evitar a 'baba' do quiabo, junte algumas gotas de limão durante o cozimento.

*textos e imagens cedidos pelo grupo